Esta noite enquanto ponderava certos aspectos de minha vida, deixei que meu olhar vagasse janela afora enquanto estava deitado na poltrona da sala. Correndo os olhos por dentre as arvores frondosas, não olhava nada em específico. Na verdade, nada via. Então lá estava ela, brilhante, profunda e solitária. Não é para ser pretensioso, mas não pude deixar de me identificar. Então, no auge de meus devaneios comecei a falar:
"Olá. Meu nome é Danilo! Creio nunca termo-nos visto antes, e provavelmente não nos veremos novamente, mas quero te pedir ajuda. Eu preciso de uma luz, me sentindo meio sem rumo, sem caminho, confuso, um step. Tudo isso porque venho avaliando a atitude das pessoas que me cercam para com a minha pessoa... Então a prosa tomou um novo rumo. Não se tratava mais de mim ou de minha tristeza, mas sim dos outros. Notei que as pessoas agiam assim comigo, não porque eu "merecia", mas porque só agora eu notei o quão egoístas, superficiais e egocêntricos eles são. Eles não se preocupam em compreender a pessoa, saber o porque ela está assim. Limitam-se apenas em julgar a tudo e a todos de acordo com seus preceitos. Afinal, compreender seu próximo, não julgar, é uma tarefá realmente muito difícil, admito. Nem sempre todos temos êxito, mas não vejo muitas tentativas. Não estou me referindo apenas às pessoas mais próximas de mim, mas à raça humana, em sua maioria. Notei, então, o quão próximo eu sou de outros seres inumanos. Deuses, entidades, plantas e animais. Seres que não foram imaculados pelo fácil corrompimento de seus valores. Não me entenda mal, não quero me dizer superior, apenas digo que compreendi que necessito evoluir. E esse é o meu pedido. Dê-me luz, para que eu possa ajudar aos meus irmãos.
Bem, creio que isso seja tudo e espero vê-la novamente. Espero que possamos nos ver e até a próxima.
Grande beijo."
Na ânsia de que meu desejo seja atendido,
Quetskya.