segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quanto vale a confiança?




Sempre fui um amigo muito fiel, e tive amigos muito fiéis também. Por toda a minha vida eu recebi a ajuda dessas pessoas que escolhi para estarem comigo e durante muito tempo confidenciei para eles tudo de mim, aos poucos, claro. Nunca mantive segredos com meus amigos, mas ultimamente tenho revisto muitos conceitos meus.
Confiar segredos seus a alguém, mesmo que de confiança, é correto? Parando para pensar, nós temos dois fatores a analisar. Se ele ou ela pode ajudar, ou não. Então, se há algo que se possa fazer, porque não compartilhar? Se não, porque compartilhar? Apenas para encher a cabeça deles de tormentas que eles não pediram para ter? e será que eles estão prontos para lidar com os meus problemas? Por vezes não, o que pode ser frustrante, já que ele não pediu por aquilo e recebeu mesmo assim. E essa tal reação pode acabar por danificar o que antes era lindo e puro.
De uns tempos para cá eu pude perceber que a confiança é algo muito mais delicado do que sempre achei que fosse. E que o silêncio às vezes pode ser bem mais vantajoso do que uma conversa. Certas coisas é angustiante e pesada demais, mas compartilhá-la pode ser, definitivamente, pior. Ainda mais se você comete o erro de expor alguém, o que torna tudo tão mais complicado, mesmo que o erro não tenha sido intencional.
A amizade é algo que sempre prezei, prezo e assim continuarei, mas sempre tive a dificuldade de separar muitas coisas, sempre tive medo de estar só e sempre pedi por um ombro amigo, um apoio, e assim em senti na obrigação de estar sempre apoiando a todos ao meu redor. Com o tempo eu percebi que carregava mais peso do que conseguia. Por isso resolvi me despir das responsabilidades desnecessárias, reprimir a vontade de conversa e tentar fazer tudo ao meu jeito, ou lidar com quem devo lidar quando for o caso. Nem sempre isso é possível, claro. Mas é algo que venho tentando, venho moldando em mim, venho aprendendo.
Não consigo simplesmente mudar tudo em mim da noite para o dia, ou em dois meses, mas quando eu paro e observo, eu transformei muita coisa que deveria, e que poucos notem porque é algo tão íntimo que não se nora facilmente. 
Essas atitudes não significam gostar menos ou deixar de confiar, significam ser racional. Ser menos impulsivo e mais realista, mais seguro. Termino este post com uma breve frase que ouvi certa vez e tenho tentado introduzir em minha vida: 

“Não te abras com teu amigo 
Que ele um outro amigo tem 
E o amigo do teu amigo 
Possui amigos também” 
―Mario Quintana



To Love You More.

Glee

Take me back in the arms I love
Need me like you did before
Touch me once again
And remember when
There was no one that you wanted more

Don't go you know you will break my heart
She won't love you like I will
I'm the one who'll stay
When she walks away
And you know I'll be standing here still

I'll be waiting for you
Here inside my heart
I'm the one who wants to love you more
You will see I can give you
Everything you need
Let me be the one to love you more

See me as if you never knew
Hold me so you can't let go
Just believe in me
I will make you see
All the things that your heart needs to know

I'll be waiting for you
Here inside my heart
I'm the one who wants to love you more
You will see I can give you
Everything you need
Let me be the one to love you more

And some way all the love that we had can be saved
Whatever it takes we'll find a way

I'll be waiting for you
Here inside my heart
I'm the one who wants to love you more
You will see I can give you
Everything you need
Let me be the one to love you more


As precipitações de meu coração.



De uns tempos para cá eu tenho vivido coisas que me permitiram amadurecer como jamais algo pôde me fazer antes. E recentemente não foi diferente. Desta vez eu percebi o quão ingênuo eu sou, o quão bobo e fraco eu posso ser, e me pergunto se sou merecedor do que tanto quero. Minhas atitudes são irracionais e poderiam (podem) ter posto muitas coisas em risco. Não só em relação a mim. Minha precipitação está me corroendo e a magoa de mim mesmo, dilacerando minha alma. Não adianta apenas ficar chorando pelo acontecido, me martirizando, o que está feito, está feito. Tudo o que eu posso fazer é o que tenho feito já há muito tempo por mais vezes do que queria até. Prostrar-me ao chão, em frente ao meu altar, e falar. Falar tudo, abrir meu coração e pedir. Pedir para que tudo se resolva.
Não vou me exceder desta vez, não há muito o que se falar.

domingo, 25 de agosto de 2013

Aos braços de uma doce amizade.



Ontem me ocorreu  que estava me sentindo como Atlas, carregando um peso enorme nas costas. Com mais coisa do que eu pudesse lidar. Estava me sentindo completamente sozinho, embora estivesse sendo apoiado por muitos amigos. E posso dizer amigos mesmo. O problema é que eu me mantive, durante certo tempo, distante, quieto, para que não enchesse a cabeça destas pessoas que nada podiam fazer por mim. Então usava do subterfúgio do sorriso aparente e me armava para esta guerra social.
Porém ontem encontrei uma grande amiga que há muito não via, que já me ajudou bastante e retornou agora para me socorrer. Ela sabe de minhas angústias e se propôs a me ajudar em tudo o que ela pudesse ousar fazer. Em algumas coisas, claro, ela não ousaria se meter.
Foi um certo alívio saber que eu não vou precisar passar por tudo sozinho, que certas coisas eu poderei compartilhar com alguém e que este alguém vai poder fazer algo para me ajudar. Os deuses colocaram ela em meu caminho e agora fizeram com que ela retornasse. Agradeço muito pela sua tão preciosa amizade, é algo importante e certamente isento de qualquer sentimento egoísta.

sábado, 24 de agosto de 2013

O sono dos derrotados.




Ok.
Estou surtando.

Achei realmente que tendo um blog e sendo ponderado resolveria o meu problema, mas não vou conseguir negligenciar tudo o que penso. Estou submerso em desespero, agoniado para que todo esse turbilhão passe de uma vez só. Não á mais lágrimas para chorar nem forças para tal. Ultimamente tudo o que tenho feito é reunir forças e seguir em frente. É claro, tudo na vida é assim, mas na intensidade a na constância em que tem me acontecido é surreal.

Dormir tem sido a solução, assim eu proporciono a mim mesmo momentos de paz. Foi o que acaber de fazer. Como todos os meus planos foram frustrados pelo acaso, me prontifiquei a estar com minha madrinha em uma festa. Por isso resolvi descansar um pouco, e como amanhã tenho outro compromisso, preciso do máximo de horas de sono possível. O caso é que, não tenho dormido para descansar, tenho dormido para fugir, fugir dessa situação caótica em que me encontro. Mas a parte difícil é quando acordo.
Me recorda uma passagem em minha vida que desejo que nunca se repita. Quando 'desliguei' meus sentimentos. Pus-me alheio a todos, ignorei-os para deixar de sofrer, e confesso que pensei nisso por muitas e muitas vezes, mas quando acordei, todos me acertaram com tanta força que sofri por tudo o que não havia sofrido antes. Foi uma dor dilacerante, mas que me permitiu respirar aliviado por alguns dias, e me permitiu fazer coisas, e quase fazer também, que eu não teria coragem normalmente.
Essa sensação de acordar e de repente sentir todas aquelas borboletas dentro de seu estomago, que te lembra da tristeza, do medo, da agonia, a vontade de sair correndo, de gritar, de correr e me atirar nos braços d'Ele. Tudo muito confuso.
Peço forças para continuar, para permanecer forte, equilibrado, para que esta nuvem negra passe e eu consiga sorrir de novo. Mas às vezes eu tenho vontade de gritar tão alto, e falar tantas coisas. Mas de que adiantaria? Eu apenas ia berrar um monte de coisas e por fim acabaria pior do que antes. Uma vitória eu tenho tido. Autocontrole,.

Enfim, isso é tudo por enquanto.

Permaneço com as lágrimas, que tem sido minhas mais fiéis companheiras.



Confesso que este não era o primeiro post para este blog, na verdade eu já havia preparado outro um tanto mais melancólico e perturbado, mas acabei pensando muitas vezes antes de publicar. Isso porque o escrevi sem saber sequer o que estava pensando. Depois de avaliar algumas muitas vezes, eu pude clarear minhas tempestuosas ideias.
As coisas não estão nada fáceis para mim, admito. E com isso eu tenho tornado as coisas para as pessoas ao meu redor complicadas també. Tenho passado poucas e boas em meu trabalho, o que recentemente me rendeu um ataque de ansiedade, pressão alta, um tempo de repouso na enfermaria e consequentemente uma falta no dia posterior, que por ventura foi ontem. Decidi então não ficar em casa e tirei o dia para ficar com algumas pessoas que eu amo muito e que me conseguem pôr para cima, ao menos um pouco.
Essa situação do meu trabalho tem me testado de todas as formas e me deixado no limite da paciência. Admito que nunca imaginei que pudesse perder minha cabeça desta forma, que fosse chegar ao ponto de querer sair de lá. Tenho certa deficiência quando se trata de decidir coisas importantes, tenho certo receio de ousar, mas tem sido tão, mas tão desgastante para mim que achei preferível me retirar daquele lugar, pois trabalho eu consigo outro, tenho capacidade para isso, mas minha sanidade, depois de perdida, eu não vou recuperar. Por isso meus dias estão contados e ao virar do mês, terei minha liberdade.
Todo esse desgaste físico e mental tem me deixado deveras mal, e isso tem refletido mais do que eu queria nas pessoas ao meu redor, recentemente eu tive uma pequena discussão com minha mãe e acabei me alterando com ela, o que gerou muito desconforto e dias sendo ignorado. Ser ignorado pela sua própria mãe não é nada fácil. Mas meu principal problema tem sido os infortúnios que tudo isso tem gerado em meu relacionamento. Há menos de dois meses eu me considerava a pessoa mais desgraçada e infeliz do mundo, incapaz de ser amado. Mas então Ele entrou em minha vida, de mansinho, como todo jeito, e me fez olhar para mim com outros olhos. Olhos mais doces, amáveis. Transformou minha vida. Em troca ganhou desconfiança, cobranças, tristeza e amargura. O problema foi que eu achei que estar em um relacionamento seria a coisa mais fácil da vida, que era só levar e pronto, mas aí eu descobri que existe algo chamado ‘ciúmes’, que em certa dose é ótimo para um relacionamento. Mostra que há preocupação. Mas de forma desmedida torna-se um grande problema e capacidade de ruína.
Deixei-me levar pelo medo e hoje pago um grande preço por isso, temos estar machucando-o mais do que amando, de estar o fazendo sofrer e principalmente, temo ter me tornado um peso para ele. Parece que neste momento, tudo o que considerava como um problema, não é mais. Tudo o que me importa agora é o que está na frente e que o passado deve ficar no passado e dele levaremos apenas as experiências. Neste momento eu invejo profundamente a Fênix, que ressurge das cinzas no momento em que tudo parece simplesmente perdido. Era isso que eu queria agora, ressurgir das cinzas, purificando com este fogo tudo de prejudicial, e assim fazer um novo começo. Percebi que nada é tão importante quanto tê-lo ao meu lado, quanto a estar ao lado dele.
Fora tudo isso, carrego o peso de não estar dando paz aos meus amigos, que veem minha dor e sente-as comigo. Não os culpo. Eu mesmo já tomei para mim as dores deles, mas eu não me importo, se puder ajudar e se não puder, apenas permaneço ali, para mostrar que sozinhos eles jamais estarão. Mas quando é o contrário, saber que eles não suportam me ver cair, mas não podem também me levantar e não ter forças para me reerguer e acabar com a tormenta deles é insuportável


Rogo aos deuses, de joelhos, misericórdia. Suplico perdão aos meus erros e imploro uma forma de me redimir, de permanecer no caminho e peço forças para tal. Tudo o que mais quero é que essa fase turbulenta passe, para que eu possa repousar minha cabeça no travesseiro tendo paz de espírito, sabendo que não estou causando mal algum a ninguém. E rezo pelos que fazem isso e não sabem o veneno que eles tomar diariamente.