terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Hoje, minhas lágrimas são de sangue.



Há tempos não venho aqui, porém uma enorme necessidade de expressar minhas angústias somada ao fato de o teclado de meu Netbook ter voltado a funcionar fez com que voltasse a fazer postagens aqui. 
Sinto-me vazio. Há um enorme buraco em meu peito, um vazio que nada nem ninguém pode preencher. Sei disso, pois já tentei. Tentei encontrar alivio para minhas dores, mas cada vez que tento, ela se agrava ao ponto de que penso se não seria melhor entrar em coma. Meu coração sangra. Sangra mais e mais a cada segundo que se passa. Enfim meu pesadelo está se tornando verdade. Solidão. Durante toda a minha vida eu tive medo do escuro. Medo esse derivado do meu enorme pavor da solidão, e hoje vejo que não pude fugir dela. Temo pelas pessoas ao meu redor, pois elas sempre acabam sofrendo, sofrendo pelo meu sofrimento e também pelo sofrimento que os faço sentir. 
Minha mãe um dia não estará aqui, meus amigos terão suas famílias e eu... Bom, começo a achar que essa parada de Estrela da Solidão é realmente verdade. apaixonei-me por um homem maravilhoso, que foi ótimo para mim, mas causei nele tanta dor que hoje ele não suporta mais. E isso me enlouquece, me faz querer gritar até que minha existência desapareça, assim não haveria mais dor. Nem para mim ou ninguém.
Fiz de tudo, disse tudo, prometi tudo o que qualquer um pudesse querer e tudo sem efeito. Porque não? Qual é o problema comigo? Porque estou fadado a tudo isso? Sinto-me incapaz de ser amado, desejado, de ser feliz. Tive minha oportunidade por esta vida e deixei passar, não só deixei passar. Destruí ela, ele, nós. Sou uma bomba ambulante, deixando atrás de mim um rastro de dor e tristeza. Não vou mais perder meu tempo implorando aos deuses ou humano algum para que amenize minha dor. Vou apenas deitar e esperar que esse buraco cresça o suficiente para que me consuma. Não estou me entregando, ao menos não sem tentar. Me esforcei ao máximo, em todos os caminhos que pude. "Viver" agora, parece o maior castigo que alguém poderia ter, já que não há forma digna de se fazer isso.

Quetskya.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Crônica de uma sexta-feira qualquer...



Era uma tarde como outra qualquer. Eu havia saído cedo para resolver alguns assuntos financeiros. Ao terminar, notei que faltava pouco para que uma amiga saísse do trabalho então resolvi espera-la. Dei uma volta, olhei umas vitrines, não sabia se tomaria sorvete ou não. Decidi por não tomar. Não tardou até encontra-la. Sentamos, conversamos, rimos e ela até me ajudou a comprar uma blusa, caso viesse a precisar. Encerramos o encontro com uma pizza. Mais rizadas. Deu a nossa hora. Levantamo-nos e nos dirigimos à saída. Então o tempo parou.
Eu não esperava, mas lá estava ele. Meu coração parou e congelou, logo acelerou como nunca antes. Não tive reação e quando dei por mim, estava indo na direção contrária. Caso me perguntassem, não saberia meu nome. Demos a volta na praça de alimentação. Procurei meu celular para mandar uma mensagem, porém foi difícil desbloqueá-lo. Minhas mãos estavam suadas e trêmulas. Com dificuldade consegui, mas fui trazido à realidade pela voz de minha companheira, que chamava meu nome em tom de urgência, como um alerta. Encarei-a e a vi olhando para o chão. Olhei para frente e lá estava ele, parado na fila de uma de suas lanchonetes preferidas. Então seus olhos encontraram os meus. Não imagino minha expressão, e nem quero. Tenho vergonha de descobrir que fiz alguma careta. Mas ele, ah ele não mudou absolutamente nada. Seu olhar profundo, sua leveza nos movimentos como em um espetáculo perfeito, um catargo. Sua expressão de falsa surpresa moderada. O homem a quem dei meu coração.
Dirigi-me a ele, conversamos. Ele me explicou sobre seus compromissos próximos. Conversamos sobre, ele pegou seu lanche e se despediu. Combinamos de falar depois, ele saiu e eu me dirigi ao banheiro mais próximo tranquei-me em um reservado e observei as lágrimas atingirem imediatamente o chão. Elas escorriam pelo meu rosto, corroendo minha pele como ácido. Então parado ali, encarando todas aquelas mensagens sobre sexo grátis e listas de números de pretendentes, concluí que não adiantaria correr, eu não iria esquecê-lo. Iria apenas andar em círculos, deixando para trás um rastro de corações partidos. Corações esses que não merecem tamanha maldade. O desfecho de tudo seria o ponto de partida. A certeza de que não quero ninguém, senão ele.
Agora vou me recolher à escuridão de meu quarto, acalmarei meu coração e me deliciarei com as mensagens recentes. Assim, esperarei até que a dose dupla de meu remédio faça efeito.
Tenham uma boa noite,

Quetskya.

sábado, 16 de novembro de 2013

Dissertando sobre as atuais mudanças.



Mudanças radicais estão ocorrendo. Incontestáveis, não há como negar. Confesso que tenho sido cauteloso, porém não tenho medo. Não porque quero provar ser capaz. Tudo está acontecendo porque eu o sou. O fato é que tudo tem sido em proporções que eu jamais lidei antes então me permitir lidar com tudo de forma calma.
Eu me sinto diferente. Uma nova pessoa, um novo homem. Consigo me sentir conectado com tudo ao meu redor. Tudo existente. É como se eu pudesse sentir cada coração bater, fosse capaz de ouvir cada pessoa que falasse na face da terra, e mais, era como se todas as suas lembranças, os seus pensamentos, estivessem dentro de minha cabeça. Acredito saber o que esteja acontecendo, meus sonhos me alertaram sobre o fato. Mais ainda, eu sinto. A conexão é tão forte, tamanho poder, era como se algo gigantesco crescesse dentro de mim. Não, despertasse. Não é nada extraordinário que só eu tenha, é algo que eu venho buscando por anos, ou vidas, e finalmente estou encontrando. A alegria e a paz inunda minha mente e espírito e eu me permito gozar deste sentimento.
Mas tudo tem um presso. Isso me permite ver além, e este além me mostra tempos difíceis se aproximando e sei que devo estar preparado. E estou, arrisco-me dizer. Não mais vejo a dor como uma inimiga. Ela me ensinou muita coisa. É necessária. Isso não a torna mais amena, mas hoje eu sei que esta dor não me matará e só o tempo será capaz de revelar o que ela vem trazendo. Tudo o que posso pedir é o que sempre peço. Sabedoria e força aos deuses, para que eu saiba lidar com tudo. Não só para mim, mas também para todos os que amo, pois sei que, embora desagradável, será preciso e inevitável.
Ansiando por dias melhores, disserto sobre meus pressentimentos e devaneios enquanto me entrego ao som etéreo de Azam Ali e sua bela canção, Ai Ondas, preparando-me para o momento em que será necessário sacar minhas armas e ir à guerra. Enquanto isso, o tempo está passando, e as areias do tempo, escorrendo por dentre os nossos dedos.

Quetskya.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A respeito do Amor.



“Eu vim para viver o amor”. Foi algo que eu disse há algum tempo, imerso em muita confusão e desespero.  Embora estivesse deveras confuso e fora de mim, estava exprimindo exatamente o que minha alma queria dizer. Minhas recentes experiências me permitiram distinguir amor, de outros sentimentos como paixão, carinho, amizade.  E também a conciliá-los. Não foi fácil, tampouco está sendo, porém está sendo muitíssimo bom para meu aprendizado pessoal, e ascensão espiritual. Aprendizados que irão transgredir esta vida e outra.
Considerações à parte permitam-me dissertar sobre algumas poucas conclusões. Amor. O que é amar? Em minha humilde, porém singular opinião, o amor é o sentimento mais singelo e ao mesmo tempo mais poderoso. A essência criadora. Quando o Divino, independente de ser chamado de Deus, deuses, Destino, Universo,  criou-nos, assim como tudo o que existe, humano ou inumano, Ele o fez com Amor. Por isso o amor não morre, não é destruído, nem sequer ignorado. Ele existe em nos, mesmo que evitemos olhar. Uma hora ele vem à tona, por isso não acho sábio fugir.
Porém , ao refletir E MUITO sobre o tema, consegui segregar meus sentimentos em relação às pessoas. Era como se meu coração fosse uma estante e esses sentimentos, elementos que se encontravam bagunçados. Tirando um momento para mim, fui, dentro do meu tempo e de minhas necessidades, recolocando-os de volta em seus devidos lugares. Amizade, não é sentimento, muito menos namoro. Isto é um mero título, uma forma que nós, mortais temos de simplificar as coisas. Enquanto temos tudo dentro de nosso controle, sentimo-nos bem, tranquilos. Então nos acostumamos a amar nossos amigos, família e parceiros. Não penso mais deste jeito.
Eu tenho percebido, assim por dizer, que amar independe de título algum, ou contato físico. Isso porque o amo não é palpável. Esses títulos são utilizados para exprimir a realização deste amor, para mostrar que foi concretizado. Não posso afirmar que sempre é, ou será assim. Esta vida é tão imprevisível que eu me permito não duvidar de absolutamente nada. O caso é que esse sentimento vem da centelha divina que há dentro de mim, de nós. Isso significa dizer que o amor é o que nos une, que nos liga aos deuses, o elo de ligação com tudo o que existe. E sendo assim tão sublime e independente do físico eu me pergunto: 
“É possível amar à distância?”.
E logo me respondo:
“SIM!”
Incontestável, dentro de minua essência, que isso possa ocorrer, e devo dizer que ocorre. Eu amo muitos homens e mulheres que passaram pela minha vida e tantos outros que ainda o estão. Mais do que isso, eu amo o imortal, o divino, que cada um de nós possui. Não se pode subjugar tal sentimento ao desejo de estar perto. É mais altruísta e benevolente que isso. Parafraseando algo que disse há algum tempo: “Amar é ver a pessoa feliz, mesmo que com outra”. Outro homem, outra mulher, outros amigos. Não importa. O que importa é ver essa pessoa sorrindo, ver a felicidade em seus olhos, emanando em seu espírito. Tudo isso, digo ser sentido bem na essência de seu ser, não em sua pele, em carne. Por isso posso afirmar que vim para viver o amor. E afirmo. Amo a cada dia que vivo, sinto isso a cada segundo de meus dias. Não serei hipócrita em renegar os anseios de minha carne, não. Ao contrário, mas digo ser menos relevante do que a leveza do espírito.  Arrisco-me a dizer também que meus sentimentos independem dos sentimentos alheios. 
Para finalmente concluir digo que nada pode parar isso. Nem mesmo a distância, e não me atrevo a viver isso. Se todos pudessem experimentar um pouco do que eu sinto, jamais se recusariam a sentir também. São vividos intensamente dentro de mim e de uma forma maravilhosa. Eu, de fato, estou pronto para viver isso, pois eu estou mais do que nunca conectado com minha essência divina, e forte o suficiente para compreender isso. Estando neste corpo denso, submerso de necessidades mundanas, não é algo fácil de se aceitar, ou vivenciar, mas ainda ouvindo meu espírito, ou o que gentilmente chamamos de “coração”, eu sei que é necessário, então permito-me, superando qualquer dificuldade física que possa se opor à minha evolução.

Quetskya.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"...Unconditional, Unconditionally..."



Há alguns dias uma lembrança tem martelado minha cabeça...

O ar gélido do condicionador de ar acertou-me em cheio e por puro reflexo eu passei meus próprios braços pelo meu corpo. Reclamei algo sobre o frio. Ele, que estava ao meu lado, segurou meu braço e se pôs entre a massa de ar gelada e eu. Assim eu não receberia um choque muito grande. Eu não esperava por isso, fiquei olhando-o por alguns segundos, pensando no ato que ele acabara de fazer para mim. Ninguém jamais foi capaz de tal gentileza, ou de gentileza alguma. Fiquei constrangido. Abaixei minha cabeça por uns instantes. 
Os outros estavam longe, estávamos sozinhos e não dançávamos ainda. O som era alto e a luz, ausente. Conversávamos sobre qualquer coisa então ele falou algo sobre uma menina e me segurou pelo braço, indicando alguém. Dizia que ela quase havia caído. Falamos mais duas ou três frases, então seus dedos firmes e cuidadosos circundaram meu braço novamente. Tratei logo de procurar a menina que cismava em se jogar daquela grade. Porém, desta vez meu corpo foi direcionado de forma diferente, além. Não só fui puxado para perto, como também fui girado em sua direção. Seu copro estava quase colado ao meu e seus olhos, semicerrados. Não houve tempo para pensar, eu apenas me permitir mergulhar na profundidade daqueles olhos azuis-prateados, fechei os meus mortais castanhos escuros e me deliciei com aquele momento.
Seu toque era suava, másculo e calmo. Seus lábios tocaram os meus e invadiram minha alma. seus braços seguravam, não só minha cintura, mas minha sanidade junto a mim. Naquele momento eu me elevei. Beijar seus lábios era como provar do Néctar dos deuses, ainda guardo o sabor comigo até hoje. Para mim, Néctar tem gosto de beijo com stella artois. Aquele momento durou, para mim, algumas centenas de anos. Era como se eu tivesse revivido todo o meu passado e o meu futuro e ainda estivesse ali. Suas mãos, ainda ao redor de minha cintura, erguiam-me de encontro a ele, mantinham-me firme e eu me segurava em seu pescoço, desejando nunca mais soltar. Vivi cada segundo como se fosse o último e não pensei em mais nada. Seu perfume, pela primeira vez, tocou-me e fez-me sentir como se estivesse caminhando sob as nuvens. Deliciei-me com aquele momento, até que fui trazido de volta ao meu corpo por uma música que muito gosto. Heart Attack, da Demi Lovato. À letra de tal música, permanecemos abraçados e suspiramos, ambos, receosos. 

Hoje eu digo, não me arrependi, nem por um segundo, de ter me entregado a isso. Jamais. Proporcionou-me um enorme aprendizado e momentos deliciosos. Meu coração ainda palpita À simples menção de seu nome, eu ao ver, aleatoriamente  alguém que se assemelha a ele. Meus ossos tremem e minha alma gela. Mas não de forma ruim, pois o meu coração palpita. Nenhum abraço, beijo ou palavras poderá substituir os dele enquanto ele ainda estiver em meu coração da forma como está. Por este motivo eu decidi que guardarei meu coração para ele. Em outros momentos eu decidia esquecer, segui em frente, mas não desta vez. Desta vez eu não vou me conformar que não posso ser feliz e lutarei pelo que desejo. Por quem desejo e estou, sim, apaixonado. Não há um dia em que não o deseje ao meu lado, mas aquieto-me, dando-lhe seu tempo, e o meu respeito, por consequência, mas é verdade que jamais deixei de acreditar, ou ter esperanças. E assim eu continuarei até que chegue o dia em que repousarei novamente em seus braços.

Quetskya.

Hitsuzen.



Há muito venho refletido sobre a minha vida. Sobre tudo o que passou, sobre quem era antes e o que me tornei. Tive a oportunidade de viver coisas maravilhosas e outras, nem tanto, mas ambas me ajudaram acrescer de forma inacreditável. Vivenciei dois extremos estilos de vida e hoje venho filtrando todos os ensinamentos, os valores, as escolhas, enfim. Tem sido um grande momento de reflexão e de descoberta, redescoberta, reinvenção. De fato, de todos o maior ensinamento foi o "nunca diga nunca". Eu já tinha isso em mente, mas aprendi que tal afirmação para coisas que possam parecer insignificantes hoje, podem não ser no futuro. 
Este momento de reclusão tem me feito ter certeza de tudo o que quero para a minha vida, está me permitindo mudar minha concepção de certas coisas que antes me prejudicaram deveras. Não pela coisa em si, mas pela forma como eu encarava. Aprendi também a julgar o que são conceitos meus e o que são alheios que, embora eu admire muito, não são meus de fato.
Mas o principal... Todo esse tempo me fez ter certeza absoluta de quem eu quero. A este ponto, com a ajuda de seres divinos, as pessoas que de fato não devem permanecer em minha vida estão se retirando. As falsas, por assim dizer. Tem sido chocante ver "amigos" virando as costas para mim, mas no fundo é um alívio saber que não mais estão ao meu lado. Quero comigo quem me faz bem. E falando em pessoas que me fazem bem... Rs, minhas aspirações  continuam as mesmas. Então eu reafirmo e continuo convicto em meu pensamento de irei esperar. Enquanto eu me encontrar assim, esperarei. E feliz. Eu esperei por mil anos, esperarei por mais mil.

Quetskya.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Boomerang Kindness




Chama-se boomerang kindness, ou efeito bumerangue, o ato sequencial de solidariedade onde tal sequência termina exatamente começou. Para ser mais claro, significa dizer que se eu fizer algo de bom para alguém, mais cedo ou mais tarde, alguém rafá algo de bom para mim. É como se fosse uma forma de universo nos retribuir com a atitude que fizemos.
Há alguns dias eu fui acometido por uma estranha e repentina sensação de raiva seguida de tristeza. Algo indescritível e sem motivos aparentes. Eu estava caminhando sozinho pela rua e tive um pressentimento, alguns minutos depois fui consumido por um ódio, algo estranho, de ninguém. E aquilo cresceu de maneira absurda. Era como estar sentindo os sentimentos de outra pessoa. E esse ódio não tardou a se transformar em uma enorme tristeza, o que me gerou uma crise de ansiedade, o que me fez cair aos prantos no meio da rua. Ainda não compreendo o porque, apenas senti. Não desviando meu caminho, segui rumo ao meu local de destino. Foi quando cruzei com uma mulher que nunca havia visto na vida. Vindo defronte a mim, ela notou minhas lágrimas que escorriam ferozmente pelo meu rosto e me abordou perguntando se eu estava chorando. Eu, sem parar, respondi que estava tudo bem - eu menti - e prossegui, então depois de uns dois passos, eu virei e agradeci, continuando o percurso. Após algum tempo, me virei e ainda pude vê-la parada me olhando com ar de preocupação. Aquilo me invadiu e me preencheu com uma sensação terna de que há pessoas boas, que se preocupam com o bem estar das pessoas ao seu redor. E fez com que eu me sentisse bem. Então orei para que os deuses iluminassem os caminhos dela, e ainda o faço.
Então hoje, há poucos minutos, inventei que tinha de sair, mesmo embaixo deste sol de 42°C, para comprar papel. Eu queria algum papel que me permitisse fazer alguma coisa(?!). No caminho passei por um senhor, pele escura, roupas simples, descalço e deitado à sombra de uma amendoeira. Observando, vi que ele se mexia vagarosamente. Aliviei-me, estava vivo. Quando retornava para casa ele permanecia lá, apenas havia mudado de posição. Olhei atentamente e ele residia imóvel. Prossegui, com um aperto no coração, olhando-o. Não consegui, dei meia volta e fui de encontro a ele. Abordei-o perguntando se ele estava bem e ele disse que estava com sede. Tinha uma aparência bem pobre, ao seu lado havia um carrinho de mão e uma inchada. Eu disse que lhe traria água. Por "sorte" eu não tinha conseguido comprar o papel que queria, então ainda tinha dinheiro. Fui até a padaria mais próxima e comprei duas garrafas de água, retornei e entreguei a ele. Perguntei ainda se ele queria ajuda para ir para casa, ele disse que estava apenas cansado e agradeceu. Eu lhe desejei melhoras e saí. 
Até então não me recordava da atitude da mulher para comigo, mas ao virar minhas costas para aquele senhor, embora ainda preocupado, fui invadido por um sentimento de leveza, o mesmo que tive ao ser abordado pela tal mulher. Neste momento eu percebi como o "destino" brinca conosco. Fiquei feliz por poder ter ajudado. Definitivamente não saí para comprar papel algum, mas sinto estar destinado a ter ajudado aquele senhor, como aquele mulher estava destinada a me ajudar. Minha recompensa por tal ato? A sensação de alivio e bondade que se instalou em meu coração e me fez repensar muitos conceitos. Ainda desejando coisas boas a ambos citados aqui, retiro-me à minha reclusão e ao meu artesanato.


Segue abaixo um vídeo muitíssimo interessante sobre "Boomerang Kindness" que achei na inernet:




Quetskya.

sábado, 9 de novembro de 2013

Carta aos meus amados amigos.



Começarei esta carta explicando o porque de eu escrevê-la. Certa vez fui indagado porque sou tão dependente dos meus amigos. Agora pela manhã, vendo-me em uma situação que me fez refletir sobre, cheguei a uma conclusão, não há dependência. Há o querer estar perto. A imensa vontade de ter perto de mim as pessoas que eu sei que se preocupam comigo, assim como eu me preocupo. Pode, às vezes, parecer dependência ou possessividade, desequilíbrio, mas quando meu espírito encontra paz ao lado de algumas pessoas, ele consegue se aquietar, se sente confortável. Eu passo sim o máximo de tempo possível ao lado de vocês, porque é um prazer, não uma necessidade. Quando estamos juntos, não me lamurio por isso, mas guardo comigo a certeza de que em breve estaremos reunidos novamente. 
Tal confiança é proveniente de inúmeras circunstâncias que provaram que são dignos de tal. Em todos os casos, as amizades deveras importantes, as verdadeiras poderia dizer, nasceram de um lugar improvável. As pessoas com menos destaque no momento, os amigos dos amigos, pessoas para o qual e sequer olhava muito. Não por maldade, mas por simplesmente não ter chegado a hora, eu acredito. Com o tempo, a vida foi se encarregando de colocar tudo em seu devido lugar, vocês foram se mostrando bons e eu fui desvendando uma enorme capacidade de compreensão e um genuíno amor. Quando eu caí, vocês me seguraram com todas as forças, fizeram tudo o que puderam, eu tenho absoluta certeza.
Hoje, quando olho para trás e vejo tudo o que houve, como tudo se desenvolveu, tenho a absoluta certeza de é verdadeiro. Então posso notar, não é dependência, é carinho, afeto, amor. Por isso estamos sempre juntos, porque quando estamos reunidos, somos apenas um. Movendo-nos em uma sincronia singular que demonstra nossa união. 
Há muito a se falar, porém eu teria de passar toda a minha vida aqui, pois a cada palavra que transcrevo, novos acontecimentos vão surgindo. Por isso, encerro agradecendo a vocês por tudo o que fizeram, palavras jamais serão suficiente, mas o que eu sinto, acredite, é! Apenas nunca duvidem de meus sentimentos por vocês, são e serão verdadeiros.

Quetskya.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Amor incondicional, querer bem incondicional.



Meus últimos dias foram intensos, meus sentimentos e minhas emoções vieram a mim de uma só vez. Não sei dizer exatamente o porque, tudo estava bem por incrível que pareça. Mas ontem houve um descontrole. Fiz coisas de que não me orgulho e que havia prometido não fazer. Sim, fui fraco. Eis aí o problema. Não é o fato de ser sentimental, mas de ser fraco. Eu tenho permitido que tudo isso aconteça. E não pode mais acontecer. Como alcançarei meus objetivos desta maneira? Simplesmente não irei. Então, a partir de hoje as coisas precisam mudar. Elas vão mudar. á outra coisa que vem me perturbando. Acho que meus sentimentos estão ficando cada vez mais fortes, e eu creio que finalmente vá conhecer de verdade o que é amar. Bom, não sei o que pensar sobre isso, apenas que caso aconteça, farei da forma certa. Amar, como havia dito, é deixar partir, é querer bem incondicionalmente. E é assim que deve ser. Amar incondicionalmente, querer a felicidade incondicionalmente. Já era assim, eu nunca fui mesquinho, quis algo obrigado, apenas tentai uma abordagem sem sucesso. Não haverá mais abordagem, agirei como um arqueólogo, descobrindo uma antiga preciosidade, escavando pacientemente com um pincel, preservando uma peça tão rara. 
Não há muito o que dizer hoje, apenas sobre a necessidade de uma mudança de conduta. Não de justificar meus atos ou me desculpar. O que foi feito, foi feito. É tarde. Mas como eu sempre digo, o futuro é incerto e tudo pode acontecer. Então eu vou ao encontro do que eu almejo. 

Quetskya.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Katy Perry - Unconditionally

Oh, no, did I get too close?
Oh, did I almost see
What’s really on the inside?
All your insecurities
All the dirty laundry
Never made me blink one time
I will love you unconditionally
There is no fear now
Let go and just be free
I will love you unconditionally
Don’t need apologies
Know that you are worthy
I'll take your bad days with your good
Walk through this storm, I would
I’d do it all because I love you, I love you
I will love you unconditionally
There is no fear now
Let go and just be free
I will love you unconditionally
Open up your heart, and just let it begin
Open up your heart, and just let it begin
Open up your heart
Acceptance is the key to be
To be truly free
Will you do the same for me?
I will love you unconditionally
And there is no fear now
Let go and just be free
‘Cause I will love you unconditionally (oh, yeah)
I will love you
I will love you
Unconditionally
Unconditional, unconditionally
Come just as you are to me
Unconditional, unconditionally
So open up your heart, and just let it begin
Unconditional, unconditionally
I will love you

Never Stop Dreaming.



Às vezes eu preciso levar uns tapas para acordar,
Errar para ver que minhas atitudes precisam ser reavaliadas.
Preciso descer um pouco mais o poço para ver que ainda há sim como descer mais.
Talvez assim eu pare de reclamar do quão fundo eu estou e me preocupe mais em escalar estas paredes.

Elas não me prenderão aqui.
I'm come back..

Quetskya.

Papa Mali - Sugarland

Yeah, yeah, yes
Standing on the side of the road
Trying to find…
I’m searching for, a place to go
(You see me) 
You see me standing on the highway
(On the side of the highway)
Don’t ask me where I’m going
Because I am not going your way
(I’m not going that way)
I’m searching, trying to find my way
(Trying to find my self)
So I’m standing at the end of the cross road
Trying to find my self
And, how could I tell you
Because you don’t really know
See, I have to find my self, and I want to be alone
You see me
Standing
Don’t ask me where I’m going
Because I am not going that way
Because I am trying to find my place
Where I’m suppose to be… When you wake me
From my daydream
Fill my eyes with burning sand
and then tell me, of the story how to get to Sugarland…”




Sim, sim, sim
De pé na beira da estrada
Tentando encontrar ...
Estou à procura de um lugar para ir
(Você me vê)
Você me vê de pé na estrada
(No lado da estrada)
Não me pergunte onde estou indo
Porque eu não estou indo pelo seu caminho
(Eu não vou assim)
Estou procurando, tentando encontrar o meu caminho
(Tentando encontrar o meu eu)
Então, eu estou de pé no final da encruzilhada
Tentando encontrar o meu eu
E, como eu poderia dizer-lhe
Porque você realmente não sabe
Veja, eu tenho que encontrar o meu eu, e eu quero ficar sozinho
Você me vê
em pé
Não me pergunte onde estou indo
Porque eu não vou por este caminho
Porque eu estou tentando encontrar meu lugar
Onde eu supostamente deveria estar... Quando você me acordar
Do meu devaneio
Encha os olhos com areia ardente
e depois me diga, da história de como chegar a Sugarland ... "

"O que para a aranha é normal, para a mosca pode ser o caos."



Era uma bela noite, aquela. Só não era melhor pelo fato de eu ter chorado todo o dia. Não fui trabalhar, nem à academia. Meu telefone mostrava 28 ligações perdidas. Passei o dia todo evitando qualquer contato. Precisava daquele tempo só para mim. Então, ainda de jejum, com o rosto inchado e os olhos vermelhos, resolvi sair. Dar uma volta, quem sabe eu melhorasse. Embora não sentisse vontade, a noite me convidava. Eu aprendi a apreciar as trevas, bem como a luz.
Vesti algo preto, a ocasião pedia isso. Saí, sem rumo. Peguei um taxi para o centro e de lá andei sem rumo pelas ruas. Via os jovens andarem animados, entrarem e saírem do metrô. Bem arrumados, preparando-se para suas festas. Me recordo desta minha fase vazia. Sair, encher a cara e dançar até não poder mais. Não costumava me envolver com ninguém em festas. Em festas. Prossegui minha caminhada, atravessei um beco e deixei uma nota qualquer, que nem me dei ao trabalho de olhar o valor, a um mendigo que me abordara. Se não tive medo de um assalto? Ninguém em sã consciência tentaria algo contra mim, especialmente naquela noite. A viela desembocava em uma rua maior, apinhada de bares do inicio ao fim. Não sabia bem onde estava. Na verdade, sequer estava olhando por onde andava. Foi assim que tudo começou.
Trombei com um homem, ele usava uma calça jeans justa e uma camisa de manga branca. Nada me chamou a atenção. Porém eu o encarei e neste momento perdi meu chão. Seus traços me lembravam os dele. Não a cor da pele, muito menos sua estatura. Mas seus lábios, pequenos, finos, daqueles em que você não quer parar de beijar nunca mais. Ele me encarou e sorriu. Eu estava abestalhado, por um segundo imaginei que o próprio estava ali bem na minha frente, olhava para ele, ainda perplexo, em choque. Ele ficou constrangido com meu olhar e sorriu desajeitado, estendeu a mão e se apresento. Retribuí o aperto de mão e disse-lhe o meu. Logo estávamos sentados em uma daquelas mesas bebendo e conversando. 
Não se parecia em nada com quem imaginei, a postura, a voz, e até mesmo o papo, seu cheiro era menos nobre e sua aura, fraca. Seus olhos sequer eram penetrantes, apenas castanhos. Normais. Sem graça. Mas parecia ser um bom rapaz. Ele estava sozinho e chegou cedo para o encontro com os amigos. Conversamos uns quarenta minutos, uma hora? Não sei, perdi a noção do tempo. Tudo em que eu conseguia me concentrar era em seus lábios, o formato de sua barba. Ah, no rosto certo e aquilo me enlouquecia. O movimento de sua boca me hipnotizava e não tardou a eu voltar ao passado. Relembrar o gosto daquele beijo com sabor de cerveja. Eu detesto cerveja, mas é impressionante como nada tinha gosto ruim em sua boca. Ela era mágica... Divina. Resolvi encerrar o assunto, nos despedimos e cada um foi para seu canto. Ao sair, ele me perguntou se eu queria o telefone dele. Trocamos os números. Ainda não sei bem o porquê.
Estava ainda mais atordoado do que quando saí de casa. 
Daí para frente tudo foi muito doloroso. Cada esquina, cada restaurante, cada cinema em que passava em frente me relembrava nossos momentos naqueles lugares. Era como se eles sentissem prazer em ver minhas lágrimas caírem. Eu conseguia ver vida naqueles lugares, vida e prazer pela minha dor. Andei aleatoriamente durante muitos minutos, ou foram horas? Não me assustaria se tivessem sido dias. Revivi cada segundo daqueles últimos meses ao lado dele. Até minhas pernas doerem e minhas lágrimas secarem. Então entrei no primeiro bar que vi, achei um cantinho tranquilo, pedi o drink da casa. Logo fui servido. 
Do outro lado do bar havia um grupo de seis jovens comemorando o aniversário de um deles, ele se destacava pelo sorriso envergonhado por ser o centro das atenções, observei-o. Mal pude acreditar no que estava vendo. Meu estomago revirou, meus dentes cerraram e o ódio me consumiu. Era aquele idiota que um dia feriu o coração do homem por quem eu vina chorando há meses. Encarei-o por minutos, ele não me conhecia, mas eu sabia quem era. Não o achei bonito. Nem por foto e muito menos pessoalmente. Sua aura era agitada, descontraída e feliz. Enquanto causava dores por aí. Tomei uma decisão, chamei o garçom e pedi para que ele entregasse para o rapaz. Fiquei observando. Vi sua reação de surpresa, os risos e brincadeiras dos amigos desconhecidos e ergui meu copo para ele. Ele aceitou, houve cochichos e ele se levanto. Veio até mim agradecendo e eu o convidei para sentar. Ele me chamou a juntar-se a ele. Não poderia ser visto, poderia ser reconhecido. Dei uma desculpa e chamei-o para sair. Peguei seu telefone, paguei a conta e saí.
No dia seguinte liguei para ele e combinamos tudo. Fui ao sótão, abri meu grimório e procurei por um elixir que havia preparado há muito tempo atrás. Não era difícil e em pouco tempo ele estava pronto. Guardei em um frasquinho no bolso. Quando deu nove, tomei banho, me arrumei e fui ao local combinado. Não pôde ser no mesmo bar, seria evidente. Combinei de pegá-lo próximo à sua casa, eu conhecia a região. Levei-o a um bar mais reservado, cuja procedência eu sabia. Sentamos, conversamos e bebemos. Meu feitiço do feromônio era forte e ele não conseguia tirar os olhos de mim, o que me deixava extremamente nauseado. Mas eu havia decidido e iria até o fim. Depois de um longo papo, muitos drinks, ele disse que precisava ir ao banheiro. Era a oportunidade que eu estava esperando. Quando ele saiu, eu derramei o elixir em sua bebida. A cerveja adquiriu um tom alaranjado, mas ele já estava alto e nem iria reparar. Quando voltou, eu sugeri um brinde de aniversário já que não pude ficar na noite anterior. nós brindamos e ele virou toda a cerveja de uma só vez. 
Como todo aquele jogo de interpretação, eu parabenizei ele pela coragem, poucos segundos depois ele já estava enrolando a língua. Eu disse que o levaria para casa, paguei a conta e fomos para o meu carro. Tive de carregá-lo praticamente no ombro da metade do caminho para lá. Joguei-o no banco do carona, contornei, entrei no carro e dei a partida. Ele já estava fora de si quando cheguem em casa. Apertei o botão do controle remoto da garagem e a porta se abriu. Já dentro, com as portas fechadas, peguei-o no colo e o levei para dentro. E joguei seu corpo inerte sobre a mesa. Com uma corda, amarrei seus pés e suas mãos, cada um em um pé da mesa. Peguei uma faca, sentei e esperei que o efeito do elixir passar. Para o meu azar, eu fiz mais concentrado do que devia. Quando soou três e quarenta e nove da manhã ele deu sinais de consciência. Ainda confuso, olhou em meus olhos e perguntou onde estávamos. Não respondi. Levantei, contornei a mesa e fui até ele. Bem próximo de seu rosto, deslisei minha mão pela sua pele. Ele cheirava a álcool e perfume barato. Sua expressão amedrontada me fazia querer rir. Ele notou a faca em minha mão e instantaneamente seus olhos se arregalaram. Aproximei a lâmina prateada de sua face e as lágrimas começaram a escorrer. Não tardou para que se misturassem com seu sangue. 
Delicadamente abri os botões de sua camisa, com uma trouxa de pano eu calei sua boca. O desespero começou a tomar conta dele e inutilmente começou a se debater. Pressionei a faca contra seu abdômen e aquele líquido carmim marchou-a. Não era suficiente, precisava ir mais fundo Ele tentava gritar e permanecia se debatendo. Idiota, apenas estava aumentando sua dor. Retirei a faca de sua carne e lentamente deslisei-a pela sua pele branca, deixando aquele rastro de sangue por onde a encostava. Eu havia prometido não fazer mais, mas vê-lo sorrindo, depois de ter feito tantas lágrimas caírem. Lágrimas que eu queria secar e não pude. Ele merecia sofrer. Morrer, ainda não. Mas sofrer até que eu me cansasse. Ele claramente não sabia o porque de tudo aquilo, sequer sabia quem eu era. Mas não me interessa. Aquilo era uma satisfação imensa e era tarde demais para voltar atras. Toquei seu tórax com a ponta da faca e pressionei, então desci até seu umbigo, abrindo um corte tão profundo que seu sangue começou a escorrer intensamente. Eu podia sentir sua aura se agitando, o medo que ele sentia. A dor. Era isso que eu queria. Aquilo era alimento por mim. ele deveria sofrer nesta noite o que nós dois sofremos durante todo este tempo. 
Em pouco tempo eu havia feito tantos cortes nele quanto havia em meus pulsos. Fui além. Pressionei a faca mais forte. Desta vez, não para rasgar, mas para perfurar. Pude ver metade de sua lâmina desaparecer. Seu corpo tinha espasmos de dor, suas lagrimas jorravam aos montes, só perdiam para o sangue. Estava ficando cansado, ele era entediante, patético até na hora de morrer. E limpar todo aquele sangue daria um trabalho. Decidi por acabar com aquilo. Pousei a faca na mesa, aproximei-me de seu rosto e sussurei ao ouvido: "Em uma próxima vida, não dê o azar de cruzar meu caminho, ou eu juro que poderei fazer isso por anos. hoje não, estou entediado." e encerrei aquilo com um sorriso debochado. Ele tentava falar, gritar e se debatia, ainda. Nem na hora de morrer aquele infeliz conseguia se portar como homem. Talvez ele realmente merecesse tudo aquilo, afinal de contas. Estalei meu pescoço, peguei a faca e pressionei contra seu tórax. Desta vez o intuito era diferente. Eu queria abri-lo, queria fazer doer onde ele fez doer. O sangue jorrava mais do que nunca, meu objetivo estava quase sendo alcançado e ele estava inconsciente, quase sem vida. Consegui alcançar seu coração antes que este parasse de bater. Se estava vivo ou se era apenas um reflexo, eu não sei, mas pude sentir ele parar bem em minha mão.
Neste momento eu me senti como se estivesse possuído. Não possuído, mas era como se aquela besta dentro de mim com quem eu lutei durante toda a minha vida tivesse finalmente conseguido sair. Eu comecei a chorar, não de remorso, mas de ódio. Ódio porque tudo o que e fizesse com ele não me saciaria. Apertei seu coração e puxei-o, separando de seu corpo já sem vida, arremessei-o do outro lado da sala e gritei, permiti-me apenas isso. Gritar e pôr para fora todo o meu ódio, então eu fui até o rádio, coloquei "Sugarland" de Papa Mali, acendi um Black de menta, sentei-me defronte ao corpo daquele imbecil e deixei que a noite me consumisse. Nada daquilo mudaria o passado, mas o prazer em vê-lo sofrendo compensou a dor que outrora eu não pude amenizar.

Quetskya.

Um brinde aos velhos tempos.



Sinto minha sétima vida se esvaindo. Deixando meu corpo junto de cada gota de sangue que escorre pelo meu pulso de encontro ao chão do banheiro. A dor não mais me incomoda, ao contrário, tornou-se um alívio. Ao mesmo tempo, a necessidade de alivio tem sido cada ver mais constante. E o que me preocupa nisso tudo é que eu não sinto mais todo aquele medo. Eu era menos perigoso com todo aquele medo.
Hoje eu vou sair, beber da vida, beber do elixir gerador de todos e comemorar todas as lágrimas e sangue derramados. Todas as oportunidade não oferecidas e a única perdida. Vou comemorar a vida, afinal eu estou. Porém vou comemorá-la à altura do que ela é. Não tentem me alcançar desta vez, o poço está ficando cada vez mais fundo, e a água, subindo.

Quetskya.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

"There is a house in New Orleans, They call the Rising Sun..."



Estou farto. Farto de toda esta situação. Farto de como minha vida está. Farto de todo esse sentimentalismo, de toda esta carga emotiva que me cerca. Há muito eu venho ouvido que eu devo acreditar, que devo ser paciente e ter fé e receberei o que desejo.
Embora eu tenha sido fiel a este pensamento, estou farto. Farto de ser testado, de ser levado ao meu extremo, seguindo sempre o meu coração, fazendo o que achava certo. E o que eu ganhei? Nada. Absolutamente nada. Salvo pessoas no meu pé me dizendo o que devo fazer, problemas a resolver, preocupações. Egoísmo. E os poucos que se propuseram a ajudar, não aguentam mais. Vejo o abatimento em seus olhos, a constante preocupação em seus olhos. Estou farto de tudo isso. De ser uma preocupação a todos e de ter de me preocupar também. Farto inclusive, de me doar sem ser retribuído. 
Meus sentimentos me incomodam e eu gostaria de me livrar de todos eles. De fazê-los desaparecer. Me tornar um monstro, inconsequente, que não liga para nada. Gostaria de me entregar aos meus instintos mais primitivos, viver sem me preocupar com consequências. Preocupações.
há muito tenho vivido coisas muito intensas, vinda de todos os lados. hoje estou sozinho. Cada vez mais, mas ainda não da forma que queria. Sozinho por dentro. Enganei-me em achar que as coisas estavam mudando, elas não mudam. Nunca mudarão. A partir desta data eu vou começar a me desprender, desligar e ignorar tudo o que um dia eu julguei importante. Viverei das coisas pequenas e levianas, sem me preocupar com os problemas. Não deixarei mais me consumir pelos meus sentimentos tolos. Estes, por sua vez, não terão mais espaço.
Não quero mais uma família, uma casa com uma cerca branca ou coisas do tipo. Quero apenas me livrar de tudo isso. Amor, paixão, romance, amizade. tudo são sim coisas lindas de se viver. Mas não por todos. Não tenho mais motivos para acreditar que eu tenha nascido para ser feliz. A felicidade é um golpe de sorte, talvez eu não tenha sido agraciado com tal sorte. Ou ainda não chegou a hora. Não sei, tudo o que sei é que vou acreditar no que a vida tem me mostrado. Que este mundo é cruel e desigual. Não vou mais ficar pedindo aos deuses para que me enviem a felicidade, rezando, chorando e buscando ser alguém melhor. A partir de hoje eu vou ter o que quero, ou ao menos tudo o que puder.
A partir de hoje eu vou viver de tudo o que a vida me oferecer. Ser um bom menino não tem me dado nada além de dor, sofrimento, lágrimas, preocupação e problemas intermináveis. Isso acaba hoje. 

Quetskya.

domingo, 3 de novembro de 2013

Quetskya, The Witch.



Em uma de minhas leituras deparei-me com um texto que não tive oportunidade de ler antes, no inicio. Falava sobre a identidade de uma bruxa ou bruxo ao assumir as responsabilidades n'A Arte. Quando assumi minha nova identidade, há oito anos atrás, não tive instrução orientação alguma, como acontece ainda hoje. Por isso decidi mudá-lo.
O tal texto dizia que o novo nome adotado deveria refletir a intenção da pessoa. Assim sendo, com o devido preparo, toda vez que pronunciado, este nome vibrará essa intenção ao universo, que vibrará de volta para o bruxo ou bruxa em questão. Então optei por Quetscya. Confesso não saber a origem da palavra, foi mencionado em uma daquelas séries adolescentes sobre vampiros que se apaixonam por humanos e lutam contra a fome para viver este amor. 
Contos de Fadas à parte, vamos ao que interessa. O significado empregado por mim foi exatamente o usado em tal seriado. A história dela é a seguinte:
Quetsya era apaixonada por um humano, que sabendo de seus dons sobrenaturais, usou de seu charme e seduziu-a. Ela por sua vez era apaixonada por ele, o que tornou tudo mais simples. Ele o convenceu a fazer um feitiço da imortalidade para que ficassem juntos para sempre. Ela então o presenteou com o que ele queria. O amor dela era tamanho que ela seria capaz de viver ao lado dele por toda a eternidade. O que acontece era que ele era verdadeiramente apaixonado por outra, e no dia do casamento, ela roubou a poção encantada e fugiu com sua amada. ambos imortais.
Quetsya, percebendo o que havia acontecido, criou uma cura. Desde então procurou pelo paradeiro dos dois. Quando finalmente os encontrou, esperou uma oportunidade para se aproximar. Certo dia o rapaz, voltando para o acampamento que haviam feito em um deserto, encontrou a bruxa do lado de fora de sua tenda. Esta dizia que veio com uma oferenda de paz. Que o havia perdoado e que trouxera dois presentes. Uma urna e um cálice. Na urna havia um líquido. Ela o apresentou como a cura para sua imortalidade e propôs que ele se tornasse mortal novamente e assim eles poderiam viver juntos até o dia de suas mortes, quando descansariam. Ele retrucou dizendo que era impossível. Ela disse que era, que funcionava e muito bem. E ergueu o segundo presente. Um cálice com um tecido cobrindo seu conteúdo foi erguido e de dentro ela tirou um coração. Este ainda pingava. Tomado pelo desespero, ele correu para dentro da cabana onde encontrou apenas destruição e sangue. E uma pilha do que um dia fora sua amada. Ali jazia uma mulher que outrora fora imortal. 
Então a bruxa partiu e deixou-o com a cura. Embora voltasse a ser mortal, não seria humano novamente. Após matar sua rival, Quetsya ergueu um véu que dividiu o Outro Lado. De um lado, humanos comuns. Do outro, seres sobrenaturais. Como o fizera após a morte da mulher que lhe roubou o amor, seu espírito rumou para o lado mortal. Porém o mesmo não aconteceria com o homem. Como sua morte viria após o véu ser erguido, ele ficaria preso em um plano diferente de sua amada. Para todo o sempre. Então o plano da bruxa seria manter ambos separados por toda a eternidade, para que não pudessem viver este amor.
Então esta é a minha proposta. Este nome representa a dualidade de minha personalidade. Metade compassivo, bom, compreensivo, amoroso, capaz de fazer tudo por quem ama. E a contraparte que é capaz de erguer-se e tornar-se alheio, que não permite que te façam de bobo, que não permite ser usado. Este nome me trará o equilíbrio. Nem bom, nem mau. Mas que não se entrega mais à fragilidade, ainda sendo capaz de amar. 
A adição do "k", alterando de Quetsya para Quetskya, foi por questões numerológicas.

Atenciosamente,
Quetsya, The Witch.

"...até mesmo os gatos padecem um dia."



De antemão eu aviso, vim aqui para me lamuriar, expressar minhas tristezas mais profundas, chorar, falar o que venho reprimido há muito. Então, se não há disposição para saber o que está sob este sorriso aparente, não leia.
Antes que comecem a falar que eu venho representando. Não, não estou. Quando digo que esto bem, é porque estou. Quando sorrio é por vontade própria. Mas há certas coisas bem lá no fundo do meu coração, coisas que até eu mesmo desconheço, que me incomodam em proporções estratosféricas. Não que as coisas estejam péssimas. Na verdade elas já estiveram muito piores, mas aparentemente certas coisas tendem sempre a não andar para frente. Embora regadas de boa vontade, sinceridade e até mesmo devoção, minhas atitudes não tem demonstrado lá muito efeito. O retorno tem sido pouco. E isso me frustra. Aliás, me magoa. Não intencionalmente, claro, mas mesmo assim o faz.
Eis outro aspecto meu que eu consigo beirar a odiar, às vezes. Minha capacidade de compreensão é tamanha que eu chego a me considerar patético, um pedante à sombra de um desejo cujos ideais são movidos por elementos de outrem. Embora eu já tenha oferecido tudo o que qualquer homem desejaria, já tenha prometido tudo o que qualquer um poderia precisar, não foi o suficiente para fazê-lo mudar de ideia. E fico pensando no que mais poderia fazer, falar, oferecer para Ele. Honestamente eu não sei. Talvez não se trate do que eu possa ou não oferecê-lo, mas do destino. Um destino solitário e previamente definido. 
Eu nunca acreditei que tenhamos um futuro pré-designado por uma entidade, deidade, ou energia universal superior. Acreditei sempre que nossas atitudes faziam com que tudo procedesse de acordo com nossas atitudes, porém minhas últimas reflexões colocaram esta crença em cheque. Ora, se somos nós os donos de nossos destinos porque a história tende a se repetir? E por quantas vezes mais? 
Sinto-me injustiçado, deflagrado, perdido. Não se trata de uma situação em si, mas de todas em um contexto geral. ironicamente eu morri seis vezes. Como um gato, se me permitem a comparação que outrora ouvi. Morri com o coração despedaçado na mão de um alguém que, preocupando-se ou não comigo, feriu-me da mesma forma. Em alguns casos, os caçadores que separaram meu coração de meu corpo não pretendiam fazê-lo e sentiram a dor junto comigo, em algumas nem souberam de tal ato. Mas em outros, ah, em outros eles não só arrancaram meu coração a sangue frio, com um sorriso doentio costurado no rosto, como também beberam dele como uma bolsa de sangue fria e de pouca importância.
Se colocarmos uma bola em cima de um morro, ela irá rolar, inevitavelmente. Temo ser como esta bola, (metaforicamente, claro, rs.) rolar mais uma vez, pela última vez e isso eu juro. Não posso, nem quero e muito menos permitirei, que isso aconteça novamente. Brincar de casinha, com cerca branca e família feliz eternamente não faz mais parte de meus planos. De qualquer maneira, até mesmo os gatos padecem um dia.

Atenciosamente,
Danilo Nascimento.

sábado, 2 de novembro de 2013

E o relógio prossegue tiquetaqueando.



Algo não está certo. 

Desta vez não foi a depressão, a ausência de um ou outro, nem carência ou algo do tipo. É um pressentimento. Não consigo definir se bom ou ruim, ou um misto de todas as atividades do dia. Desde minha saída na noite passada, sinto algo de diferente. Não sei, algo no lugar onde estive, talvez. Quem sabe a presença de alguém. Não sei ao certo. Sei que voltei me sentindo como se não fosse eu mesmo. Meu dia foi bem inquieto, eu estive bastante preocupado, o que é inevitável. Preocupar-se com o bem estar das pessoas que gosto está simplesmente entranhado em mim, mesmo que eu ou outra pessoa não goste. Independente da distância.
Somando isso à energia pesada que se instalou em minha casa, um caos. Aqui era para ser um refúgio, meu porto seguro, mas não é. É na verdade o lugar onde meus problemas começam. Não que eu duvide do carinho e da preocupação de meus familiares, ao contrário. Mas há muito toda essa tensão familiar vem me desgastando.
Eu estou muito orgulhoso de mim. Desci ao inferno, enfrentei meus demônios, meus medos, amadureci, cresci, tornei-me mais equilibrado. Um homem melhor. Para mim e para todos os que estão ao meu redor. Mas confesso que quando olho ao meu redor um gosto metálico invade minha boca. Uma amargura se instala em meu coração. Porque?
Fé. A palavra que me define e que tem feito parte de cada segundo de minha vida em muito tempo. Mas eu estou cansado de ser testado, de tanta resiliencia, de tanta espera. Quanto tempo mais terei de ser paciente? Será que meus cálculos estão certos? Ainda há um bom tempo pela frente, rs.
Bom, antes esperar muito e alcançar a simplesmente lançar-me em um mundo de levianidade e depois arrepender-me.
Tocando neste assunto, permitirei-me mudar o foco da prosa e contar um segundo pensamento que tive há alguns dias. Quanto mais eu conheço minha raça, quanto mais eu vejo do que somos capazes e de como somos primitivos e ignorantes, mas envergonho-me de ser assim. Perdemos a compaixão, a caridade e os bons sentimentos e os que ainda os mantém, sofrem com o peso do arrependimento que os demais recusam-se a sentir.
Penso onde pararemos com essa atitude. A cada dia que se passa, tenho mais certeza de que há um longo caminho a frente. Muito mais complexo que eu imaginava. Se tenho medo? Não. E nunca estive tão feliz em dizer isso. Algumas deduções recentes me fizeram buscar por respostas para algumas coincidências do passado que me fizeram estar exatamente onde estou. Minha conclusão? Não há coincidências. O destino jogou seus dados e cá estamos nós, servindo de peças para seus jogos de tabuleiro divino. 
Cá estou eu, rezando aos deuses para que tenha a oportunidade que me foi negada antes. Rogando para que o medo não me deixe mais uma vez desamparado, sozinho. Embora seja uma situação delicada, arrisco-me a dizer, com toda a certeza do mundo, que não há arrependimento algum. Julgando minhas atitudes anteriores e as de agora, tenho certeza de que meu futuro era findado ao fracasso, a perdas. E com as escolhas que fiz, apenas ganhei. Não tudo o que queria, ou da forma que queria, claro. Mas ganhei. Como mencionei acima, evoluí. Então estou certo de que o caminho é exatamente esse. Não serei apenas mais uma letra nas páginas desta vida. Porque eu tenho tanta certeza? Nem sequer me interessei em saber. Entender o porque  tenho certeza não muda o fato de que é a certeza em si que vai me fazer alcançar meus objetivos. Acredito veementemente que estou fazendo o que devo e que minhas escolhas estão certas e permanecerei neste caminho até não possuir mais forças.
Em resumo, minha fé me mantém de pé. Me dá forças para alcançar meu objetivo.

Atenciosamente,
Danilo Nascimento.

M2M - Don't Say You Love Me

Verse 1:Got introduced to you by a friendYou were cute and all that, baby you set the trendYes you did ohThe next thing I know we're down at the cinemaWe're sitting there, you started kissing meWhat's that about?
Verse 2:
You're moving too fast, I don't understand you
I'm not ready yet, baby I can't pretend
No I can't
The best I can do is tell you to talk to me
It's possible, eventual
Love will find a way
Love will find a way...
CHORUS:
Don't say you love me
You don't even know me
If you really want me
Then give me some time
Don't go there baby
Not before I'm ready
Don't say your heart's in a hurry
It's not like we're gonna get married
Give me, give me some time
Verse 3:
Here's how I play, here's where you stand
Here's what to prove to get any further than where it's been
I'll make it clear, not gonna tell you twice
Take it slow, you keep pushing me
You're pushing me away
Pushing me away...
CHORUS
BRIDGE:
oooo, na, na, na, na, na, na, na
na, na, na, na, na, na
oooo, na, na, na, na, na, na, na
na, na, na, na, na, na, na
Don't say you love me
You don't even know me baby...
Baby don't say love me, baby
Give me some time...








Numb - Sia

I saw you cry today
The pain may fill you
I saw you shy away
The pain will not kill you
You made me smile today

You spoke with many voices
We travelled miles today
Shared expressions voiceless
It has to end

Living in your head
Without anything to numb you
Living on the edge
Without anything to numb you
It has to end to begin
Began an end today

Gave and got given
You made a friend today
Kindred soul cracked spirit
It has to end to begin
Living in your head

Without anything to numb you
Living on the edge
Without anything to numb you
It had to end to begin
Living in your head

Without anything to numb you
Living on the edge
Without anything to numb you
Living in your head

Without anything to numb you
Living on the edgeWithout anything to numb you

domingo, 27 de outubro de 2013

Amar é deixar livre.



Se tem uma coisa que eu aprendi foi que a Magia não cria amor. Ela atrai, abre caminho. Mas manter alguém sob seu controle não é amor, não é estar apaixonado ou sequer gostar. É egoísmo, é pensar apenas em si e esquecer os sentimentos do próximo. É provar exatamente o contrário do que se diz, então todas as promessas se esvaem, e de nada servem. Eu desejo ter o que me for oferecido de bom grado, não tomado. Seria falso e não quero viver de mentirar. Quero viver de verdades.
A maior magia de amor que existe é aquela em que você deseja o amor ao próximo, deseja vê-lo feliz e bem. Como todo neófito, eu cometi este erro uma vez. Ludibriado pelo fato de poder fazer qualquer coisa, por 'dominar' poderes sobrenaturais e por amar, teria o direito de fazer qualquer coisa. Um erro. Não podemos interferir no ciclo natural das coisas, nem no livre arbitro de alguém. É errado, contra a ordem natural das coisas e as consequências são severas. Eu mesmo me julgo estar sendo julgado até hoje. Mesmo após sete anos.
Embora tenha sido doloroso, não me arrependo em si. Isso me ensinou a base pra um grande aprendizado. Amor não é egoísmo. É altruísmo. Não digo amor a um homem ou mulher. Digo amor em si. Aquele que você cultiva em você e para você. E com o tempo sente-se seguro para depositar em outra pessoa. Julga-a merecedora de tal feito. Por isso eu luto por tudo o que quero, todos que gosto. Converso, tento convencer, exponho, desejo o bem, dou toda a assistência, carinho, cuidado e tudo o que eu puder. Independente de quem seja. Mas sobrepujar alguém à minha vontade? Não. Eu não sou assim, não sou egoísta.
De inicio era medo. Não fazia porque saberia que sofreria. Hoje compreendo o peso que tudo isso tem. Não tenho mais medo, tenho respeito. Sei que não devo fazer isso, pois se realmente gosto de alguém, devo desejar o bem a tal. Mas isso não significa que devo desistir. Enquanto eu souber que posso fazer algo para alguém que gosto, assim o farei. O máximo que puder e me for permitido. Mas também saberei aceitar o momento de rendição, se necessário. Apenas se necessário. 
Encerro este poste desejando que a humanidade pare um pouco de pensar sobre trabalho, conta, correria, céu e inferno e tente compreender o que se passa dentro de si. Desejo que eles aprendam com seus erros. Ou ao menos tentem. Não sou perfeito e posso não conseguir aprender tudo, mas tento ao máximo. Me esforço. Estou em uma constante metamorfose, em mudanças e para melhor. Sempre crescendo e aprendendo. E assim permanecerei.
Hoje sei ser mais paciente que antes. Sei esperar a hora certa e sei parar quando necessário. Algo que aprendi quando vi que seria necessário certo amadurecimento. Como diz a música: "Ando devagar porque já tive pressa." E essa pressa em nada me acrescentou. Só não concordo que as coisas devam ficar paradas. Os ciclos não param, a vida continua e, embora seja difícil, devemos continuar também. São essas adversidades que nos testam, nos diferem e nos mostram o tamanho de nossa vontade.

Atenciosamente,
Danilo Nascimento.