quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Um brinde com lágrimas e sangue.



Ontem, dezoito de fevereiro, completou cinco meses desde que me entreguei ao anjo da morte, que coloquei-me em suas mãos. Consequentemente cinco meses que perdi a única pessoa que me foi realmente importante. Meu dia não foi, nem de perto, bom. Movido a lembranças, saudades e lágrimas. Muitas delas. Em reflexão, voltei no tempo e fiz uma autoavaliação de minha vida. Dividindo em antes, durante e depois d'Ele, concluí que: Antes, não havia perspectiva alguma. Tinha algumas metas profissionais e alguns sonhos no campo sentimental. Durante eu apenas vivi e fui feliz. Há quem diga que não, mas eu vivi. E depois.... Rs. Depois eu me vi num limbo. Um limbo que perdura desde então.
Desde então eu fiz a minha vida de momentos; Não de momentos alegres. Não vou negar que estes não existam, mas foram principalmente pequenos momentos de anestesia. Para que eu pudesse, naquele momento, diminuir a dor. Toda aquela dor. Não tem sido fácil, não gostaria de estar assim. Hoje eu vivo minha vida, procuro estabilizá-la, mas decidi não abrir meu coração para mais ninguém. Não que seja relutância. mas eu não seria capaz de entregar-me a outro. Eu dei meu coração a ele e apenas a ele pertence. Agora não há mais nada que eu possa fazer. Estou conformado e sequer fico chorando por isso, apenas sigo em frente. A esperança em mim não morreu, nem nunca morrerá. Também não seria tolo de tentar me entregar a outro, novamente, e causar tanta dor a alguém. Não seria capaz de me perdoar.
Sem mais delongas, encerro este post dizendo o quanto Ele me faz falta, o quanto eu gostaria que ele estivesse aqui, mas também torço por ele onde quer que ele esteja. Que todos os problemas que o rodeiam, sejam sanados e que ele consiga, com a benção do Conselho Kármico, livrar-se de seu Karma, que tanto o machuca.
Agradeço à paciência de todos que isso lerem, embora tenha a impressão de que ninguém o faz.

Quetskya.